Oblivion

Não tem jeito. Não importa como, segundo o cinema nosso futuro não vai ser nada fácil. Em Oblivion a raça humana foi atacada por uma raça alienígena. Vencemos a guerra, mas perdemos o planeta. Com a Terra inabitável nos mudamos para uma lua de Saturno, deixando para trás apenas Jack Harper (Tom Cruise) e sua parceira e esposa Victoria (Andrea Riseborough). A dupla é responsável pela manutenção dos drones, que fiscalizam nosso antigo lar, enquanto retiramos os últimos recursos existentes. Tarefa aliais, que está quase completa, logo Jack e Victoria estão prestes a deixar o planeta, restando como habitantes apenas os terríveis saqueadores.

Jack, no entanto não quer abandonar o antigo lar e a situação só piora quando encontra pessoalmente uma misteriosa mulher (Olga Kurylenko)que aparece em seus sonhos. A partir daí o roteiro segue em mistérios e algumas reviravoltas que teriam mais impacto, se melhor executado. Preso à rotina estéril do casal, e na apresentação daquele deslumbrante mundo, o filme demora para dizer à que veio. E quando o faz falta tempo para desenvolver.

Já o visual é deslumbrante e cheio de referências, seja ao mostrar a terra devastada (como em Planeta dos Macacos). No visual estilo "Apple" (como em Wall-E) da funcional casa e veículo de Jack, ou ainda quando conhecemos tecnologia alienígena (estilo Hall, de 2001 - Uma Odisséia no Espaço). Sempre com tom estéril, sem cores, sem vida. A não ser quando Jack visita seu refúgio, o último lugar aconchegante do planeta.

Carregando o filme nas costas, Cruise parece interpretar algum papel que já fizera, logo o faz bem. Mas não é suficiente para criar empatia pela história. Mais difícil ainda é simpatizar com a sem graça "mulher misteriosa" de Kurylenko, apesar de ela ser o estopim para a trama. A fiel Victoria (Riseborough, eficiente), acaba por gerar muito mais interesse.

Ainda no elenco Morgan Freeman e Nikolaj "Lanister" Coster-Waldau, também estão no elenco. Sub-aproveitados, não passam de coadjuvantes de luxo.

Oblivion tem bom elenco, direção de arte e fotografia e aborda temas interessantes da ficção científica. Mas acaba perdendo qualidade, por um roteiro fragmentado (passou por vários roteiristas) e cansativo. Ao menos, ele abre espaço para inúmeras referências que vão divertir expectadores mais atentos.

P.S.: Só eu tive a sensação que o Tom Cruise estava dirigindo a mesma moto que a rainha dos baixinhos tinha em Super Xuxa contra o Baixo Astral?

Oblivion
EUA - 2013 - 126 min.
Ficção científica

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