Cinema em revista: 3 anos depois

Impressionante! No último agosto completou 3 anos desde que publiquei a série Cinema em Revista. Lá em 2009, o cenário editorial de revistas especializadas passou por meses conturbados, que se iniciaram o anúncio do fechamento da SET, revista com mais de 20 anos de tradição em cinema. Seguido por tentativas de retorno da mesma, e do lançamento de outras duas publicações.

E em 2012, como anda a leitura cinéfila?

Para a SET não teve jeito. Depois de tentativas de retorno fracassadas, e edições com qualidade inferior a revista terminou oficialmente. Afinal tudo que é bom acaba, uma pena é que nem sempre acaba bem.

A Movie durou mais tempo que a SET, mas acreditem ou não, perdi a publicação de vista. Afinal, a publicação não deve apenas sair, mas tem que ter uma distribuição que vá além das capitais para chegar por aqui.  O projeto era ousado e inovador, pretendia ser uma obra coletiva, simultaneamente analógica e digital.  O que incluía um site e muitos colaboradores (até texto meu tinha lá), além da publicação impressa. Aparentemente a publicação terminou antes de completar um ano.

Mas os cinéfilos leitores não ficaram completamente órfãos. A Preview resistiu, e continua em circulação após 3 anos. A edição de aniversário saiu em agosto, acompanhada de outro lançamento da equipe. O livro: 101 FILMES – TESOUROS PERDIDOS, um guia ilustrado que reúne os melhores filmes que você (provavelmente) nunca viu.

Ainda produzida pela Nova Sampa, a revista que na época serviu de refúgio para ex-integrantes da revista SET, apostou na familiaridade com o público. Trouxe da publicação antiga, a estrutura, linguagem e algumas seções, com novos nomes. E criando um diálogo constante com o público, aos poucos está determinando um caminho que agrade aos leitores que herdou da SET, e aos recém chegados.

O número de páginas, aumentou, assim como as entrevistas e até visitas aos sets. Os leitores já foram presenteados com alguns posteres, sempre motivo de discussão (alguns leitores afirmam que as edições com o brinde ficaram mais curtas). Além de capas duplas (edições que saem com duas versões de capas à serem escolhidas na banca pelo leitor, também herdado de SET).Das mudanças só lamento a extinção da sessão Calendário que trazia os principais acontecimentos cinematográficos que marcaram o mês em questão.

Por hora, é assim que ficou o mercado editorial cinematográfico nacional. Bem mais calmo, sem a saudável competição,  mas ainda de qualidade, apesar das poucas opções. Bom saber, que ainda não precisaremos migrar completamente para a internet em nossa jornada para sermos cinéfilos bem informados. Não sei vocês, mais por mais que a internet seja rápida e tenha vídeos, eu ainda adoro andar por aí com uma revista em baixo do braço.

Leia a série completa de posts sobre revistas de cinema: 

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