Juno

Garota de 16 anos engravida de seu melhor amigo e decide dar a criança para adoção. A história é tão comum que agente até imagina o filme: “depois de nove meses de dificuldades e discussões, a moça deixa o bebê num cestinho na porta de alguém, de preferência numa noite chuvosa”. Mas esse não é um filme comum, é Juno.

O roteiro de Diablo Cody (agora aclamada e oscarizada) trata um problema comum em nossa sociedade sem dramalhão e hipocrisia. Situações simples e cotidianas para resolver problemas simples e cotidianos. Não há histeria por parte dos pais, nem namorado que foge da responsabilidade (na verdade ele é deixado de lado nas decisões), nem adolescente perdida, achando que o mundo acabou com a gravidez.

Fugindo dos estereótipos de adolescente problema, Juno (Ellen Page) encara o situação de forma lógica. Como se livrar da “coisa” e voltar ao normal? Descartando a tentativa de aborto, não por ser contra, mas porque o feto já tem unhas, ela decide dar a criança para adoção. Encontra os “pais perfeitos” (Jennifer Garner e Jason Bateman) nos classificados e passa a conviver com eles.

A partir daí acompanhamos a jornada de Juno para enfrentar o dia-a-dia de uma gravidez precoce, e a preparação dos futuros pais para a chegada do bebê. Depois do Oscar nem é necessário dizer que Ellen Page esta bem como Juno, ela é Juno. E o resto do elenco segue o mesmo ritmo, mantendo o publico preso a história, que não traz muitas surpresas, talvez por isso agrade tanto. O interessante não é ter um acontecimento inesperado, mas sim acompanhar como pessoas comuns resolvem os problemas cotidianos a sua frente.

Uma história sobre pessoas e suas escolhas, tratada de forma simples e com tiradas de fazer qualquer “pergunta idiota tolerância zero” morrer de inveja, fizeram de Juno a surpresa do ano. Uma comédia que podia acontecer na sua rua.

Juno (Juno) 
EUA / Canadá - 2007 - 96 min 
Comédia / Drama 

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